As fontes de consulta e de pesquisa indicadas a seguir, sobre áreas básicas, terapêutica, química medicinal e farmacologia, são altamente confiáveis e sobrevivem ano a ano ao mais alto padrão de escrutínio e rigor de pares, de pesquisadores e de professores universitários.

Adicionalmente, são indicadas também algumas fontes de divulgação científica e/ou jornalismo científico. É importante aproveitar e destacar que este repositório digital não deve ser entendido como jornalismo científico ou divulgação científica.

A apresentação dessas indicações proporciona um dos pequenos prazeres da vida, que é desprezar totalmente a ABNT e a APA. Sobre a falta de indicação de página e do ano de publicação, é rezada a cartilha de alguns professores universitários autocratas: considerar que é obrigação do estudante procurar a última edição da obra e encontrar o que precisa, pois, se a bibliografia foi indicada, é porque usada foi; resta ao universitário esmoleiro perder o horário de almoço procurando…

Na verdade, por não ter objetivo científico, os textos prescindem de formalismo de citação e indexação, facilitando a implementação da natureza didática dos tópicos e contribuindo com a transposição didática dos fatos e dos conceitos (a recursividade e o looping de citações confundem o leitor e desviam sua atenção do que realmente interessa: contato inicial com o conteúdo para posterior aprofundamento).

Ao final, são apresentadas algumas sugestões de leitura dos universais do mundo científico. São livros que têm muito a contribuir com qualquer formação científica, seja de qual área for.

Eric R. Kandel, James Schwartz, Thomas M. Jessell, Steven A. Siegelbaum, A. J. Hudspeth, Carla Dalmaz, Jorge Alberto Quillfeldt.

Este livro é a principal referência da área. Se, por ventura, algum neurocoaching, neuroreprogramador, neuromarketer, neuroeducador, neurocremaster etc. aplicar retórica barata para vender qualquer coisa com “neuro” no nome e não reconhecer “Kandel”, é recomendável simplesmente ignorar qualquer coisa que tenha sido falada em nome da neurociência.

Laurence Brunton, Bjorn Knollmann, Randa Hilal-Dandan.

Cuidado com a tradução, alguns capítulos passam a impressão de que o tradutor não tem noção alguma do conteúdo, deixando alguns conceitos explicados quase em hipérbatos (tipo Os lusíadas). Talvez seja o livro mais completo, mas não tem organização didática, aproximando-se mais de um “vade mecum para ingresso em pós-graduação”. Recomendo aos alunos de graduação o uso de Rang & Dale. Mas, se você gosta do assunto, compre, não importa o preço.

James Ritter, Rod Flower, Graeme Henderson, Humphrey Rang.

As edições mais antigas são mais didáticas…

Frederico Guilherme Graeff e Francisco Silveira Guimarães.

Luiz Alberto B. Hetem e Frederico G. Graeff.

Sumner J. Yaffe e Jacob V. Aranda.

Aristides Volpato Cordioli, Carolina Benedetto Gallois, Luciano Isolan (org.).

Contém pequenas imprecisões, como o mecanismo de ação incorreto do metilfenidato, mas, no geral, é uma boa fonte de consulta “expressa”.

Benjamin J. Sadock, Virginia A. Sadock e Norman Sussman.

Jeffrey L. Cummings e Michael S. Mega.

Lubert Stryer

Mesmo sendo uma tradução bastante pernóstica, o autor do site não troca sua quarta edição por nenhuma outra mais recente… A organização não é tão didática quanto a do livro do Lehninger ou do Voet. Por isso, recomendo aos alunos de graduação, para estudo diário, o livro de Voet, Voet & Pratt. Se necessário, alguns aprofundamentos ou mecanismos específicos podem ser esclarecidos no Lehninger; mas a prova dos nove geralmente é no bom e velho Stryer.

David Taylor, Thomas R. E. Barnes, Allan H. Young.

Alan F. Schatzberg, Charles DeBattista.

Se no Stahl e também no Schatzberg confirmado foi, informação boa é (YODA, 2020).

Paula Yurkanis Bruice

Arthur J. Atkinson Jr, Shiew-Mei Huang, Juan J. L. Lertora, Sanford P. Markey.

Samuele Cortese, Eric Konofal, Michel Lecendreux, Isabelle Arnulf, Marie-Christine Mouren, Francesca Darra, Bernardo Dalla Bernardina.

Walter Swardfager, Joshua D. Rosenblat, Meriem Benlamri, Roger S. McIntyre.

M. M. Gassaway, M-L. Rives, A. C. Kruegel, J. A. Javitch & D. Sames.

Richard B. Rothman & Michael H. Baumann.

Rafael Faria Sanches, Flávia de L. Osório, Ligia R. Macedo, Rafael G. dos Santos, João P. Maia-de-Oliveira, Lauro Wichert-Ana, Draulio B. de Araujo, Jordi Riba, José A. Crippa, Jaime E. Hallak.

Susanne Koch, Kenneth W. Perry, David L. Nelson, Richard G. Conway, Penny G. Threlkeld, Frank P. Bymaster.

Coleção de informações químicas de acesso livre para pesquisa de compostos químicos por nome, fórmula molecular ou estrutura, informando propriedades químicas e físicas e atividades biológicas, além de dados sobre segurança e toxicidade.

Motor de busca de acesso livre utilizado para acessar as informações do MEDLINE® (sistema online de busca e análise de literatura médica), a base de dados bibliográficos científicos da Biblioteca Nacional de Medicina dos Estados Unidos. Essa base disponibiliza referências dos principais artigos de jornais e outros periódicos de áreas médicas e biomédicas.

Sistema de metadados médicos baseado em nomenclaturas, mantido pela Biblioteca Nacional de Medicina dos EUA (United States National Library of Medicine – NLM). Sua base de dados é estruturada com base na indexação de artigos das ciências da saúde.

Banco de dados moleculares que incorpora uma classificação ontológica, na qual estruturas moleculares gerais ou classes de entidades paraentais são indicadas (especificação da generalidade dos grupos).

Coleção de dados genômicos, vias metabólicas e substâncias químicas biológicas. Este banco de dados também registra as complexas redes de interações moleculares nas células, incluindo variantes específicas de outros organismos.

É a maior base de ensaios clínicos do mundo, registrando e publicando resultados de pesquisas financiadas por governos, órgãos de fomento e indústria farmacêutica. Sua base inclui dados de mais de 320 mil pesquisas de cerca de 200 países. É ligada à Biblioteca Nacional de Medicina dos Estados Unidos – NLM – do Instituto Nacional de Saúde – NIH.

Batizada em homenagem a Archie Cochrane, a Cochrane Library é uma extensa biblioteca de informações científicas, cuja fonte de dados e curadoria são garantidas por pesquisadores, órgãos oficiais e entidades particulares (instituições com ou sem fins lucrativos).

É considerado o repositório-referência para estudos epidemiológicos de segundo nível, ou seja, os estudos responsáveis pela seleção de evidências, embora a Cochrane Library também disponibilize estudos de outras naturezas. Praticamente todas as revisões sistemáticas (com ou sem metanálise) utilizadas como referencial terapêutico estão depositadas na Cochrane Library.

Archibald Leman Cochrane (1909-1988) foi um dos pioneiros da medicina baseada em evidências, defendendo a medicina contra crenças paleolíticas até seus últimos dias e reafirmando a importância de a medicina se apoiar unicamente no método científico contemporâneo (do século XIX em diante).

Biblioteca virtual que reúne e disponibiliza a instituições de ensino e pesquisa no Brasil um acervo significativo da produção científica internacional, além de livros, enciclopédias e obras de referência, normas técnicas, estatísticas e conteúdo audiovisual.

Revista de divulgação científica brasileira publicada mensalmente pela Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado de São Paulo, a FAPESP. É uma publicação de divulgação científica de alta qualidade, com rigor técnico e científico, além de uma boa seleção de conteúdo com apuração criteriosa das informações.

Revista de divulgação científica originalmente publicada nos Estados Unidos, mas traduzida para diversos idiomas. Apresenta informações científicas para o público geral com um texto cuidadosamente redigido para esse público-alvo, além de exibir infográficos interessantes e didáticos. Um destaque é que muitos artigos são escritos pelos próprios pesquisadores.

Essas publicações são fontes interessantes de informações e curiosidades científicas para o público leigo. No entanto, é importante confrontar os dados e as novidades apresentadas com os textos dos artigos originais ou de outras fontes confiáveis e checar a transposição didática dos conceitos nas bibliografias de referência. Em alguns casos, as generalizações e simplificações podem prejudicar quem está buscando dados para finalidades formais, como trabalho de conclusão do curso etc.

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